Leitura do The Public Domain Review sobre o movimento moderno do Brasil: "Em abril de 1924, um pequeno grupo de artistas e escritores brasileiros partiu para as florestas e colinas que ficavam além de sua cidade natal, São Paulo, para descobrir um país que mal conheciam — o seu próprio. Esse grupo incluía o poeta Oswald de Andrade e a pintora Tarsila do Amaral, sua futura esposa; o futuro romancista Mário de Andrade (sem parentesco) e seus amigos ricos e mais velhos: Paulo da Silva Prado, cafeicultor e mecenas, e Dona Olívia Guedes Penteado, filha de outro barão do café, patrocinadora das façanhas artísticas do grupo. Eles foram acompanhados na excursão pelo poeta francês Blaise Cendrars, em sua primeira visita ao Brasil, que haviam resgatado de seu navio e levado para as festividades de Carnaval no Rio de Janeiro alguns meses antes.
Na verdade, não se tratava de uma missão de exploradores intrépidos. O clima local era ameno e o país próspero, antes devido ao ouro, agora devido ao café. A viagem transcorreu com algum conforto. As cidades e fazendas que visitaram nos estados de São Paulo e Minas Gerais eram de um tipo mais ou menos familiar para eles. Mas a breve imersão no campo foi suficiente para despertar inspiração. Retornaram à cidade com espécimes, esboços e, do contato limitado com os indígenas, um novo vocabulário de palavras tupi para descrever a flora e a fauna. Disso emergiria uma ideia nova e enriquecida do que deveria ser a cultura brasileira moderna.
A principal consequência dessa excursão foi um manifesto que se provaria explosivo para a arte moderna no Brasil e no exterior. Todas as declarações artísticas de intenção precisam começar com ousadia, e este, o "Manifesto Antropófago", ou "Manifesto Antropófago" — ilustrado por Tarsila do Amaral na Revista da Antropofagia, periódico do grupo artístico , em 1928 — não decepcionou: "Só o canibalismo nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente."
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